Audiência Pública debate o racismo no futebol

Racismo e esporte não combinam! Essa expressão já não é novidade para ninguém, mas ainda há torcedores, atletas e até dirigentes que insistem em discriminar o próximo, seja pela sua cor, raça, nível social ou até o local de nascimento.
 
O racismo foi figura presente em diversos eventos esportivos nos últimos meses. Principalmente no futebol, casos de discriminação racial e social foram registrados.
 
Em função do aumento do número de casos no Brasil, a Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados realizou uma Audiência Pública na quinta-feira (27), em Brasília. Participaram do debate a Ministra dos Direitos Humanos, representantes da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, da OAB, do Conselho de Arbitragem e de Federações de Futebol.
 
Entre os diversos pontos abordados, as autoridades destacaram que o árbitro de futebol tem poder para interromper a partida de futebol, caso haja alguma irregularidade dentro do estádio, e não sendo reparada a irregularidade, pode até suspender a partida. Na audiência, foi lembrado, também, que o racismo é crime definido em lei há mais de 20 anos (Lei no 7.716/1989) e a qualquer um do povo é dado o exercício da prisão em flagrante e que a Lei Geral da Copa (Lei no 12.663/2012) prevê acordos do poder público com a FIFA para a divulgação de campanhas de temas sociais, dentre os quais o combate ao racismo.
 
A Audiência Pública foi comandada pelo presidente da Comissão do Esporte, o deputado Damião Feliciano.
 
Recentemente, a Bahia foi vítima de discriminação em uma partida de futebol. Em duelo pela Copa do Brasil Feminina, onde foi derrotado e eliminado da competição pela Ferroviária (SP), no dia 4 de março, o time feminino do São Francisco viveu dia de horrores em Araraquara (SP).
 
No gramado do estádio Arena da Fonte, as jogadoras do clube baiano ouviram insultos do tipo: "Todo nordestino tinha que ser exterminado", "porcos" e "pobres miseráveis" de parte da torcida adversário.

Foto: Site do Dep. Vicente Cândido