16/07/2018 às 14:14 | Comunicação
FIFA bate o martelo sobre a questão e Mundial pode ter 48 seleções
A FIFA aproveitou o final da Copa do Mundo da Rússia - o mundo tem um novo bicampeão mundial de futebol, a França, que derrotou a Croácia na final, por 4 a 2, no último domingo (15), no Estádio Lujniki, em Moscou – para já falar com mais afinco no próximo Mundial, que será disputado no Qatar, em 2022. A entidade confirmou que o torneio será disputado entre 21 de novembro e 18 de dezembro, fora do Hemisfério Norte pela primeira vez.
De acordo com a FIFA, a mudança é necessária pelo fato de as temperaturas no verão do Qatar chegarem a mais de 40 graus centígrados, o que inviabiliza uma boa performance dos atletas. Normalmente, os Mundiais são disputados exatamente no período de férias de verão na Europa, entre junho e julho, quando as temporadas dos torneios nacionais e continentais acabaram, que praticamente não mexe com o calendário europeu.
O caso europeu é diferente do que sempre foi visto no Brasil, por exemplo, onde o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil tiveram que parar no meio para a disputa da maior competição entre seleções do mundo, assim como os principais torneios continentais, a Libertadores e a Sul-Americana.
Um dos modernos estádios para a disputa da Copa do Qatar, em 2022
Em 2022, será o contrário. A Europa terá que dar um jeito no que fazer com torneios nacionais, Liga dos Campeões e Liga Europa, enquanto o Brasil e a Conmebol terão apenas que antecipar o término de suas competições em algumas semanas. A Uefa, entidade que rege o futebol europeu, ainda não se pronunciou sobre o que pretende fazer.
AUMENTO - Outra questão abordada pela Fifa foi a possibilidade de a Copa contar com 48 seleções já a partir de 2022. A princípio, a mudança seria feita apenas em 2026, mas a ideia para o próximo Mundial, que havia sido deixada de lado, voltou a ganhar força.
O presidente da Fifa, Gianni Infantino, mostrou mais uma vez que é favorável à alteração já para 2022, caso o Qatar dê o consentimento à ideia. Semanas atrás, o mandatário chegou a dizer que o país deveria pensar em um plano de co-hospedagem com os vizinhos para comportar um número maior de seleções.
O problema é que o Qatar passa por um momento complicado. O país sofreu um sério boicote de alguns países vizinhos e pode não contar com a ajuda de ninguém, mesmo que precise. Com o poder de vetar a ideia, no entanto, o Qatar parece ter “se empolgado” um pouco mais.
“Se acharmos que não é a favor de nós ou do futebol, não o faremos. Se uma Copa do Mundo com 48 equipes for um formato interessante e não seguir o tipo tradicional de formato, pode acrescentar um novo elemento empolgante. Então, por que não?”, afirmou Nasser Al Khater, secretário-geral adjunto dos organizadores da Copa do Qatar.
A decisão final ainda não tem uma data estabelecida. No entanto, não deve nem pode demorar. Caso se decida pela mudança, será preciso modificar inclusive o formato das Eliminatórias, que costumam começar cerca de oito meses após o término de um Mundial. Ou seja, a Fifa deve anunciar uma decisão até março do ano que vem.