19/04/2019 às 07:00 | Comunicação
Descendentes de indígenas têm se destacado no futebol baiano e brasileiro
O Dia do índio foi instituído no Brasil, em 1943, pelo então presidente Getúlio Vargas, como forma de homenagear os primeiros habitantes do país. A data é uma espécie de reflexão sobre os valores culturais dos povos indígenas e a importância da preservação e respeito aos costumes dos índios.
Por isso, neste 19 de abril, dia em que é comemorado o Dia do Índio, a Federação Bahiana de Futebol (FBF) parabeniza todos os atletas e torcedores indígenas do Brasil. A entidade, em nome do presidente Ricardo Lima, agradece aos povos indígenas pela significativa colaboração para o sucesso do futebol baiano e brasileiro.
Na Bahia, alguns indígenas se destacaram no futebol, como o meia Expedito, mais conhecido como Índio. O ex-atleta oriundo de uma tribo indígena na região de Pau Brasil, no sul do estado, atuou por clubes como Serrano e Atlético de Alagoinhas.
Outro atleta descendente de indígenas que brilhou no futebol baiano foi Antônio Rogério, o Índio, ex-atacante do Vitória, que viveu o auge da carreira entre os anos de 2005 e 2012. Famoso pela comemoração das 'flechadas' em alusão às suas origens, ele destacou-se com a camisa rubro-negra, foi artilheiro e ainda se tornou o jogador do clube que mais fez gols em um Ba-Vi, ao marcar quatro vezes no histórico clássico que terminou com triunfo do Leão por 6 a 5, na antiga Fonte Nova, no dia 22 de abril de 2007. Em 2013, no dia 12 de maio, o centroavante Dinei igualou seu feito, ao fazer quatro gols no clássico em que o Vitória venceu por 7 a 3, na Arena Fonte Nova.
Como não se lembrar também do lateral-direito Índio, bicampeão brasileiro e campeão mundial com o Corinthians em 2000, e que começou a carreira na base do Vitória. Hoje, ele encontra-se na aldeia Gavião Kyikatêjê, no município de Bom Jesus do Tocantins, no Pará, que se tornou a sede da primeira equipe de futebol profissional de origem indígena do Brasil, o Gavião Kyikatêjê Futebol Clube. O ex-jogador, de 39 anos, é técnico do time na segunda divisão do Campeonato Paraense.
NO BAHIA – Neto de indígenas da tribo Xukuru, no agreste pernambucano, o atacante Rogério marcou seu primeiro gol pelo Bahia na semana do Dia do Índio. Lá ele viveu até os 6 anos. “Com 9 anos, eu saí da aldeia Xukurus, no Ororubá, e fui morar no sítio chamado Roçadinho. Foi uma infância bem produtiva. As nossas brincadeiras eram de carregar troncos, coisas de índio”, relembrou Rogério.
Os xukurus são um grupo indígena brasileiro, uma ramificação dos Tarairiús que habitam a Serra do Ororubá, no município pernambucano de Pesqueira. Eles se autodenominam Xukuru de Ororubá para distinguir-se do povo Xukuru-Cariri, de Alagoas.
Fotos: Reproduções e Ascom do ECBahia