Bem vindo(a) à Federação Bahiana de Futebol

Em ascensão na carreira, Daniella Coutinho comemora seu primeiro Ba-Vi profissional

15/03/2021 às 19:25 | Comunicação

Árbitra assistente será a segunda mulher a trabalhar no clássico

#

Um dos maiores clássicos do país, o Ba-Vi completará, em 10 de abril, 89 anos de história. Em quase nove décadas, foram 493 jogos disputados, por diversas competições.

A partida de número 494 acontecerá na próxima quarta-feira (17), pelo Baianão 2021. Bahia e Vitória se enfrentarão em Pituaçu, às 18h. 

Mas, o clássico também será especial fora das quatro linhas. Entre os 25 personagens que pisarão no gramado para o início do duelo, um será uma mulher.

Trata-se da árbitra assistente Daniella Coutinho Pinto. Aos 35 anos e em ascensão na carreira, a baiana de Feira de Santana atuará no seu primeiro Ba-Vi profissional.

"Foi uma sensação indescritível. O coração respondeu aceleradamente, eu olhei a escala uma dez vezes para acreditar, e logo em seguida passou um filme na cabeça. Me remete as lembranças de tudo que passei até chegar aqui, assim como vem aquele sentimento bom, que confirma a certeza de estar no caminho certo", disse sobre o momento que soube da sua escalação.

Daniella será apenas a segunda mulher a trabalhar em um Ba-Vi profissional e a primeira a bandeirar. Antes dela, apenas a ex-árbitra Tânia Regina Saldanha trabalhou em um clássico, mas como árbitra reserva.

A feirense admitiu a responsabilidade com o feito histórico. "Assim como Tânia deixou as portas abertas, sendo a segunda mulher a atuar no Ba-Vi darei o meu melhor para dar continuidade, para que outras mulheres tenham a mesma oportunidade. Tenho total consciência da responsabilidade, pois sei que existem tantas outras meninas que sonham em atuar em um dos maiores clássicos do Norte-Nordeste do país".

Até chegar ao Ba-Vi, Daniella Coutinho construiu uma carreira vitoriosa, que passou também por outra função na arbitragem. Até 2014, ela atuou como árbitra central e também obteve destaque nacional, o que a fez chegar ao seleto quadro da FIFA.

Agora árbitra assistente, ela lembrou as conquistas e justificou a mudança. "Minha mudança de função aconteceu no segundo semestre de 2014. O único motivo que me levou a mudar de função foi viver exatamente o que estou vivendo hoje, exercendo a função de assistente. Ser árbitra central foi uma experiência maravilhosa, recebi total apoio da Federação Bahiana de Futebol, atuei com grandes árbitros e cheguei ao quadro da FIFA, mas não me sentia completa. Meu sonho sempre foi ser árbitra assistente e por esse motivo mudei de função e estou, agora, em busca de conquistar novos objetivos", afirmou.

A baiana também não esqueceu de agradecer a quem a ajudou desde o início da carreira. "Agradeço primeiramente a Deus, por me permitir realizar meus sonhos. Quero externar, também, minha eterna gratidão ao presidente Ednaldo Rodrigues, por sempre ter acreditado em mim e me apoiado, ao nosso atual presidente, Ricardo Lima, que incansavelmente tem dedicado todos os esforços para a evolução da arbitragem baiana e assim permitindo alcançarmos grandes objetivos. Agradeço, também, ao nosso presidente da CEAF, Jailson Macêdo Freitas, à toda Comissão, por sempre apoiarem e confiarem na arbitragem baiana, e ainda à Liga Feirense de Desportos, quem me permitiu dar meus primeiros passos na arbitragem. Foi lá onde comecei a carreira e dei meus primeiros apitos", completou.

*Matéria atualizada em 16 de março